sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Esse pequeno



Esse pequeno sozinho,
À noite, no pó da estrada,
De roupa suja e rasgada,
Que passa pedindo pão,
É um anjo pobre a caminho,
Sob inocente amargura...
Pássaro triste à procura
De ninho e consolação.

Criança desconhecida...
Dormirá? Quem sabe onde?...
É órfão?... Ninguém responde.
Aceita o que se lhe dê.
Quantas mágoas têm na vida,
Quanta miséria a consome,
Quanto anseio, quanta fome,
Ninguém sabe, ninguém vê...

Nunca lhe atires ao lado
Qualquer palavra ferina...
Socorre, ampara, ilumina
Em nome do Eterno Bem,
Que esse menino exilado,
Sem lar e sem companhia,
Se o céu quisesse podia
Ser teu filhinho também!

Encoraja-lhe a esperança,
Envolvendo-o no teu sorriso
E sentirás, de improviso,
A benção de doce luz!
É que no amor da criança,
Que te agradece o carinho,
Receberás, de mansinho,
A gratidão de Jesus!

Soneto de Irene de Sousa Pinto
Antologia dos Imortais, Francisco Cândido Xavier
e Waldo Vieira

Muita paz.

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