segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O CORPO



Shidharta Gautama, o Buda, em sua doutrina iniciativa, tratava o corpo de a cidade de nove portas, e instruía aos seus discípulos, a tratá-la, (a cidade), pelo exercício da compaixão. Jesus o caminheiro da vida eterna, se referindo ao tema, sugere o trato do corpo e dos seus atributos, com o exercício da compreensão. São Tomáz de Aquino, com os exercícios espirituais.
Paulo de Tarso, o apóstolo tardio, tratando deste instrumento complexo que é o corpo, orientava aos seus dizendo que a ele, o (corpo) todas as coisas lhe são lícitas, entretanto advertia que, nem todas as coisas lhe convêm.
A sétima lâmina do Tarô retrata o corpo, como o Carro de Osíris, um veículo conduzido pelo homem que segura as rédeas, e usando o seu livre arbítrio, guia os dois animais tracionados, um dócil, e o outro feroz, atávico; cada um tentando puxar o veículo para um rumo diferente, conforme a tendência de cada ser em si.
O épico Hindu, o Gita, trata o corpo como o carro de combate, conduzido por um iniciado que luta contra os seus inimigos figurativos, uma personificação dos seus gostos e aversões, e os seus males interiores. Luta guiado pela inteligência Suprema, quem na verdade é o verdadeiro condutor do veículo.
O espírito que habita o corpo é puro, porém a matéria e a alma são opacas. A opacidade turva os sentidos, daí a nossa confusão ao buscar discernir. Quem vê, não vê claramente, pois não vê o real.
A carne é fraca e vendida a emocionalidade e a passionalidade, daí a nossa sensação ser epidérmica. O corpo busca nos corpos as formas arredondadas, o Shefarion, tenta contemplar a esfera, a personificação da perfeição divina. O corpo que busca penetrar outro corpo é o passivo, o ativo, é o que propicia a condição e os atributos para a penetração. É uma armadilha dos pares contrários, o inverso. O autor, quase sempre é a vítima!
O corpo é a plataforma de desembarque do espírito! É a sua morada temporária, o palco Dantesco, platônico e Sheikspiriano, onde a alma, o ator, executa a sua tarefa, o diretor é o consciente objetivo, e o autor o inconsciente. É o auto da evolução, onde o corpo e alma vivem as tragédias e as comédias.

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